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Alimenta a Mente

Nutre o Corpo & Fortalece o Espírito

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Empadão de Lentilhas

Uma das melhores descobertas que fiz desde que deixei de comer carne foram as lentilhas! Esta pequena leguminosa, delicada e com um sabor muito suave, absorve bem os temperos e ganha o gosto daquilo com que a cozinhamos. Por isso, e pela sua aparência, é o substituto perfeito em todos os pratos que pedem carne picada, como a bolonhesa, a lasanha e, neste caso, o empadão.

 

Como opto por não consumir quaisquer produtos de origem animal, este empadão não leva leite, natas, manteiga ou ovos... e garanto que fica cremoso e uma delícia!

 

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Empadão de lentilhas

(serve 4 pessoas)

 

Para o puré:

- 1 kg de batatas brancas (de preferência biológicas)

- 1 lata de leite de côco 400ml (nada de utilizar light! a sua gordura saudável é que confere cremosidade ao puré)

- sal, pimenta e noz-moscada a gosto

 

Para o recheio:

- azeite q.b.

- 1 dente de alho

- 1 cebola roxa

- 1 alho francês

- 2 cenouras

- aproximadamente 600 gr de lentilhas castanhas/verdes cozidas (devem ser previamente demolhadas durante a noite)

- sal, pimenta e cominhos a gosto

- pão ralado para cobrir (opcional)

 

Começar por descascar as batatas e cozê-las em água com sal. Entretanto, picar o alho, a cebola e o alho francês e levar a refogar numa frigideira com um fio de azeite.

 

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Juntar a cenoura ralada ou cortada em cubos/rodelas. Depois de amolecer, envolver as lentilhas, cozidas e escorridas, para ganharem gosto e temperar com sal, pimenta e cominhos. Quando as batatas estiverem cozidas, despejar a água e juntar o leite de côco, o sal, a pimenta e a noz-moscada (se possível ralada na hora) e triturar com a varinha mágica.

 

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Num pirex de ir ao forno, colocar uma camada de puré e por cima o recheio de lentilhas.

 

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Cobrir com o restante puré e, caso utilize, com pão ralado (neste caso, torrei uma fatia de pão sem glúten, de levedação natural, e triturei-a no moido de café).

 

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Levar ao forno a tostar e servir com uma boa salada!

 

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A Terra Tremeu

Sentada no meu cantinho do mundo, abstraída dos sentidos, imersa nos meus pensamentos. De repente, uma onda suave agita a realidade, como um formigueiro em jeito de abanão. Quando a Terra treme, somos todos chamados ao Presente. Uns sentem mais que outros, porque têm uma sensibilidade mais apurada ou porque estão mais despertos, tanto fisica como espiritualmente. Um acontecimento que teve lugar a centenas de quilómetros do local onde me encontro teve repercussões aqui. Fiquei a pensar no que seria necessário para que, num mesmo evento único, se espalhasse uma onda vibracional que sacudisse as nossas mentes e nos trouxesse a todos para o momento presente. Será que é sempre preciso uma catástrofe, uma chamada à realidade da Natureza? Dependeremos sempre de um estímulo negativo?

 

Quando a Terra tremeu, ainda que só um pouco, as preocupações com o ontem, os receios com o amanhã, os ruminares das 11h51, desvaneceram-se e a atenção focou-se nos sentidos: os objectos que se agitavam, a nossa sensação de (des)equilíbrio, o nosso olhar, tacto, o nosso todo, presente. "O que é que isto significa? Estarão os outros a sentir o mesmo que eu?" Passada a estranheza inicial, e se nenhum mal daí tiver vindo, rapidamente retomaremos o nosso padrão inicial.

 

Nós temos o poder, enquanto seres conscientes, pequenas bolas vibrantes de energia, de tornarmos estes chamados desnecessários, ao afinarmos a nossa percepção e trabalharmos na nossa conexão com o Agora. Despertarmos por nós próprios, nos nossos termos e no nosso tempo, para que a Mãe Natureza não tenha que nos vir acordar com um violento abrir de cortinados, um rugido estridente ou um balde de água fria. Porque isto já não vai lá com beijinhos de bons dias. Está na hora de nos levantarmos.

"Franguinho" com Tomate e Batatas Fritas

Ser vegetariano é uma seca - só se come alface e tal. Mas como tava com saudades de uma receita que a minha avó costuma fazer muito, fiz uma "veganizaçãozinha básica" e não ficou nada atrás do original! Quem me conhece sabe que sou fã número um de cogumelos pleurotus (também conhecidos como seta ou ostra) e gosto de usá-los em substituição do frango, do peru, do pato (e até do bacalhau) porque desfiam muito bem e têm uma textura semelhante e sabor neutro que se adapta bem a todas as receitas e temperos.

 

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Franguinho Cogumelos Pleurotus com Tomate e Batatas "Fritas"

 

Refogar, num fio de azeite, uma cebola roxa e um dente de alho picados. Adicionar tomate pelado (usei uns que tinha congelado já em pedaços) até se desfazer. Entretanto, lavar os cogumelos pleurotus e desfiá-los à mão (como se fossem frango assado). Levá-los a estufar junto com o refogado e adicionar polpa de tomate. temperar com sal, oregãos, manjericão ou ervas a gosto. Servir com batatas fritas (estas fiz no forno) e salada. Na altura de comer, fica muito saboroso envolver as batatas nos cogumelos com tomate. Uma delícia!

Lua Cheia Ano Cheio

Assim que soaram as dozes badaladas, corri para a varanda, com bochechas de esquilo cheias das passas que abocanhei de uma só vez, e olhei para o céu. Apesar dos rugidos ferozes que iluminavam a escuridão, havia um foco magnético que cativava ainda mais o meu olhar. Estiquei o dedo: "Vejam a lua, está linda!"

 

Não é preciso ser astróloga ou vidente para saber a influência que a bola de cristal no céu tem sobre os mares, as colheitas, os homens e, especialmente, as mulheres. Eu pessoalmente sinto o seu poder, e cada vez mais. Quanto mais ligada me sinto à Natureza, mais entrosada fico com a lua e mais explicações encontro para "fenómenos" que pareciam aleatórios.

 

A lua cheia, que culminou na noite de 1 para 2 de Janeiro, trouxe um bom presságio ao novo ano, ou pelo menos para quem fez os trabalhos de casa no ano que passou. Diz-se sobre as luas cheias que são a fase de realização por excelência, de concretização dos planos que foram postos em andamento durante a fase do quarto crescente - a semente germinada cresceu. Se tivermos conseguido ultrapassar todos os obstáculos que encontrámos pelo caminho, é altura de sentir todo o nosso potencial brilhar. Caso contrário podemos sentir algumas frustrações. 

 

A lua cheia do ano novo não foi uma qualquer, mas sim uma superlua apelidada de "Lua do Lobo" - nada mais ideal para nos lembrarmos do lobo que queremos alimentar (ver aqui), já que a lua cheia tem o poder de ampliar as nossas energias, além de ser a fase ideal para mostrarmos a nossa natureza mais pura, a nossa força interior e lutarmos pelos nossos ideais. Esta mística lua trás as condições ideais para a realização de pedidos ao Universo, o que calha mesmo bem quando se tem a boca cheia de passas.

 

Assim que olhei para o céu naquela noite, e fui banhada por uma luz que me escorreu pelas veias, senti uma enorme gratidão por tudo o que consegui, por estar naquela varanda, rodeada daquele grupo de pessoas, a preparar-me para viver experiências que há um ano atrás nem imaginava. Confirmei naquele momento o que a minha intuição já me garantia: 2018 será um Ano em Cheio!

Ver Para Ter

Eu sofro de sonhar-acordadísse. No meu pensamento ja vivi mil vidas, travei quinhentas batalhas e conquistei um milhão de Impérios. Mas pôr mãos à obra é mais complicado. Não é que me faltem boas intenções ou faculdades físicas e mentais, tem a ver com falta de visão. Parece que a minha miopia atinge também a minha mente.

 

Sonhar, acreditar ou mesmo pensar, em nada se parecem com ver. A visualização é uma técnica utilizada por grandes nomes do desporto, cinema e milionários em geral, que defendem que devemos imergir na imagem mental do futuro que ambicionamos como se já lá estivessemos, ao ponto de sentir as diferentes texturas, os diversos cheiros, o peso dos objectos, a sensação de termos conseguido. Segundo defendem, as visualizações têm o poder de manifestar as intenções em realidade, através do poder da atracção, mas não nos cabe a nós preocuparmo-nos com os "comos" ou os "quandos", apenas com o resultado pretendido. Algumas das ferramentas que ajudam a manter esta sensação de motivação e foco diários são as afirmações positivas, frases motivacionais penduradas na casa de banho, no frigorifíco, no carro, ou a concepção de vision boards

 

Há uns meses atrás começei um vision board - comprei cartolina numa cor que me agrada e me transmite calma e confiança, recortei imagens e frases de revistas sobre os temas que me inspiram, e coloquei tudo em cima da mesa da sala. Munida com um tubo de cola e muita imaginação, pus-me ao trabalho! Ajustei as imagens de uma forma que me agradava; depois duvidei de mim mesma e remexi tudo outra vez. Entretanto era hora de fazer o jantar e por isso desmanchei aquilo tudo para poder pôr a mesa. No dia seguinte, cheia de motivação, voltei à carga! Mas parecia que nenhuma das minhas conjugações me satisfazia o suficiente para me comprometer a começar a aplicar cola no papel. A vida tomou conta de me fazer atirar aquela tralha toda para gavetas dispersas e a cartolina, já meio amachucada, foi parar a uma prateleira na despensa.

 

Já nem me lembrava deste malfadado projecto até que hoje mexi numa das gavetas e de lá saltaram imagens dum futuro passado. Como é dia de ano novo e é oficialmente o dia das Esperanças Renovadas peguei na cangalhada toda e desatei a colar. Sem pensar muito nisso. Guiada pela intuição. Sem planear demasiado de antemão. Onde me parecia bem, colava e seguia. E assim fui preenchendo a cartolina como se estivesse a fazer um puzzle ao qual faltava a caixa com a imagem  ilustrativa. A certa altura, vi que algumas peças não estavam bem encaixadas, ou melhor, elas serviam nos espaços, mas não pintavam a imagem que eu queria. Com delicadeza, puxei um cantinho do recorte e consegui descolá-lo. Algumas cores e marcas tinham sido transferidas para a cartolina mas não faz mal, faz parte do processo. Alguns dos recortes que planeei usar acabaram por não ter lugar, e também não faz mal.

 

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Afinal, toda a procrastinação por medo de pôr cola no papel tinha sido em vão, porque a cola até era bastante permissiva. O meu medo de me comprometer com um plano cerrado, pregado a supercola 3, inflexível e angustiante, não passou de mais uma armadilha da minha mente. Neste dia, simbolicamente reservado a definir intenções, finalmente pendurei o meu vision board. Ficou de frente para a minha cama para ser a primeira coisa que vejo quando acordo. Para me lembrar que não é necessário ver a estrada toda para dar o primeiro passo, ou como diria alguém mais sábio:

 

"Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que veja toda a escada, apenas dê o primeiro passo." - Martin Luther King