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Alimenta a Mente

Nutre o Corpo & Fortalece o Espírito

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Nutre o Corpo & Fortalece o Espírito

The Entertainer Blogger Award

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E o  Pulitzer vai para... * drum roll *

 

Bem, quem sabe um dia!!! Por agora, fui uma das felizes contempladas com o prémio The Entertainer Blogger Award, graças à querida Paula do blog Vida 1.0 e fiquei humildemente honrada: 1º pelo facto de alguém ler o meu blog; 2º por mesmo depois de ler as minhas parvoeiras ainda achar que mereço um prémio que, apesar de não ser "verdadeiro", tem tanto ou mais mérito que qualquer outro (who's the judge of that??)

 

Ditam as regras que eu responda a algumas questões e, sem mais demoras, que rufem os tambores outra vez!

 

PORQUE É QUE COMEÇASTE O BLOG?

Nunca fui adepta de blogs, confesso. Sempre achei que não tinha nada de jeito para dizer - e talvez não tenha! Mas a certa altura, no final de 2017, um ano de inúmeras mudanças na minha vida, senti necessidade de começar a pôr em palavras aquilo com que ocupava e ocupo todos os meus tempos livres: a percorrer um longo caminho de autoaprendizagem espiritual, numa busca insaciável e incessante pelo autoconhecimento, por uma vida mais saudável, natural, significativa e consciente, por uma alimentação pura para o corpo, a mente e o espírito! Neste espaço procuro reunir e sistematizar os conhecimentos que fui adquirindo, bem como as minhas experiências pessoais, tanto para ajudar quem possa estar do outro lado como para relembrar a mim mesma o meu porquê (sim porque a memória não é o meu forte!!)

QUAL É O TEU LIVRO PREFERIDO?

São tantos! Parece irónico, dado que passei mais de uma década sem pegar num livro. Enquanto criança  adorava que os meus pais me lessem histórias para adormecer e, quando aprendi a ler, era a loucura! Gostava de livros de aventuras e de banda desenhada, alguns um pouco filosóficos e sarcásticos para a minha idade (deve ter sido aí que perdi o parafuso). Depois com a escola secundária e a faculdade perdi o gosto pela leitura, já bem me chegavam os calhamaços obrigatórios que nos enfiavam pela goela abaixo (parecerá mal admitir que nunca acabei de ler "Os Maias"?! temos pena). Literatura de ficção realmente nao é a minha praia, para mim um livro tem que ser um manual de algo: de "como desenvolver a prática meditativa" até "como se tornar vegetariano" -  ainda assim leio livros de culinária como se fossem autênticos romances, começando no princípio  e acabando no fim, sem andar a saltitar! Os favoritos são, a nível culinário, ou seja de alimento para o corpo, marcaram-me muito "O Livro de Cozinha da Marta" da Marta Horta Varatojo e "As Delícias de Ella" de Ella Woodward. A nível de alimento para a mente e o espírito, destaco o "Engenharia Interior" de Sadhguru, "Escuta o Teu Corpo" de Francisca Guimarães e a "Cura pela Mente" da Dra Lissa Rankin.

O QUE MENOS GOSTAS?

Já lá vai o tempo em que tinha uma lista de ódios de estimação - hoje em dia sou totalmente live and let live! Mas não gostava quando levava uma vida desalinhada dos meus valores, numa correria (mental?) constante para tentar atingir algo que não me fazia verdadeiramente feliz e tentar impressionar sabe-se lá quem. No fundo, andava a tentar ser aquilo que eu achava que os outros achavam que eu devia ser, se é que me entendem.

QUAL A TUA COMIDA PREFERIDA NO SHOPPING?

Na maioria dos shoppings só me safo no Wok to Walk! Mas já vão surgindo opções muito simpáticas como o Vegana Burgers. Acho que a coisa com o tempo se vai compondo, acredito que este tipo de alimentação mais natural, sem aditivos e compassiva é o futuro e, da forma como a procura tem vindo a aumentar, mais espaços deste género vão surgir.

QUAL O TEU PASSATEMPO PREFERIDO?

Eu já nasci uma velhota friorenta. No inverno, ninguém me tire um chá quentinho, um monte de cobertores e os meus animais de estimação enroscados em mim enquanto vemos o Poirot, um filme do Hitchcock ou uma daquelas comédias românticas de partir o côco a rir. No verão, nada melhor do que comer um nice cream enquanto leio um livro, sentadinha ao sol na varanda :) Isso e praticar Yoga o ano inteiro, claro!

 

Vou nomear para este prémio blogs de pessoas que me inspiram nesta caminhada, verdadeiros influencers:

 

· Cenas Verdes

· A Face Verde

· Veg'Aerial

· La Vie En Vege

· Sardinha Fora Da Lata

· Garagem

· Carmela's Food And Stuff

 

Se não conhecem estas pérolas de sabedoria digital, toca a clicar no links! Aos felizes contemplados, deixo os mandamentos: 

 

REGRAS:
- Agradecer à pessoa que vos nomeou e adicionar o link do seu blog.
- Adicionar as regras, para que os outros as possam seguir.
- Nomear pessoas que achem divertidas, inspiradoras e agradáveis.
- Responder às mesmas perguntas.
- Incluir a imagem no vosso post.

 

Pudim & Mousse de After-Eight Vegan

Antes de adoptar uma alimentação mais saudável, a minha especialidade era mousse de after-eight. Era, essencialmente, uma mousse de chocolate normal mas que além disso levava uma caixa inteira de chocolates after-eight! (como imaginam, já fui mais gorda)

 

Há qualquer coisa na combinação chocolate-menta que me deixa as pernas a tremer e o coração a bater mais forte! Escusado será dizer que eu não ia deixar o facto de não comer ovos, leite, manteiga, açúcar refinado e outros ingredientes processados afins estragar a minha reputação enquanto especialista da mousse de after-eight!! 

 

Além disso, esta receita tem dupla finalidade porque funciona como mousse ou como pudim - um dos ingredientes que leva é agar-agar, um tipo de alga que funciona como uma gelatina vegetal, sem sabor. Faz uns pudins de fazer inveja à "Boca Doce"'! 

 

Pudim & Mousse de After-Eight

vegan, sem glúten e sem açúcar refinado

 

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Ingredientes:

- 1 Litro de bebida vegetal (usei de arroz)

- 2 colheres de sopa de agar-agar em pó

- 2 colheres de sopa de amido de milho biológico (os derivados de milho convém serem sempre bio)

- 1 colher de sopa de cacau em pó

- 80 gr de chocolate negro (adoro o da marca Vivani 75% porque, além de ser vegan, é adoçado com açúcar de côco)

- 2 a 3 conchas de sopa de geleia de arroz (dependendo da gulodice)

- uma pitada de sal marinho

- 5 a 10 gotas de óleo essencial de hortelã-pimenta de qualidade alimentar (uso o da Biover que é 100% puro e pode ser consumido - considerem um investimento, os óleos têm imensos usos, este uso também para fazer pasta de dentes!)

 

Dissolver o agar-agar e o amido de milho num pouco de leite vegetal, numa caçarola. Juntar a restante bebida, o cacau em pó, o sal e a geleia de arroz. Levar ao lume médio até levantar fervura, mexendo sempre. Adicionar o chocolate em barra partido em pedaços. Deixar engrossar ligeiramente (não se preocupem que engrossa muito quando arrefece). Desligar o lume e acrescentar o óleo essencial a gosto, tendo em conta que por ser tão concentrado é bastante forte e o sabor também se nota mais depois de frio. Colocar numa forma de pudim, neste caso usei forminhas individuais em silicone. Caso pretendam fazer a versão mousse, basta levar ao frigorífico numa travessa a arrefecer durante 1 a 2 horas e, quando solidificar, triturar bem com a varinha mágica até ficar cremoso. Caso não sejam fãs de menta (há gostos para tudo!!!) podem utilizar outro óleo essencial, como laranja por exemplo (outra das minhas combinações favoritas com chocolate), tendo sempre em atenção se o óleo escolhido é do tipo que pode ser ingerido.

 

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Modéstia à parte, esta versão não deixa nada a desejar à antiga e foi aprovada por toda a família, mesmo os mais gulosos que acham sempre que as receitas saudáveis não sabem a nada! Experimentem e digam-me o que acharam. Que outras combinações gostam de fazer com chocolate?

 

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Como Mudar o Nosso Karma

És daquelas pessoas a quem acontece tudo de errado apesar de dares o teu máximo? Os teus esforços saem furados ou vês situações a repetirem-se ciclicamente na tua vida? Bem vindo ao Karma. Este termo sânscrito, originário das filosofias budista e hindu, é tão famoso no ocidente que até já o chamamos de Carma, em terras lusas. Mas afinal do que se trata?

 

Diz-se que o Karma é como um boomerang: tudo o que vai, volta. Todas as nossas acções irão desencadear reacções com a mesma intensidade, o mesmo peso e medida, mas o troco nem sempre é na mesma moeda. É semelhante à Lei da Causa e Efeito com a particularidade que, segundo as crenças budistas, apesar de algumas consequências, positivas ou negativas, poderem ser sentidas imediatamente, outras podem demorar meses, anos, ou mesmo surtir efeito apenas noutras vidas. Demasiado místico? Vale a pena analisarmos melhor.

 

De acordo com a Lei do Karma, o que determina a qualidade das experiências que iremos vivenciar é a qualidade das nossas intenções. Uma intenção, ou seja, a motivação por detrás de uma acção, pode ser de três tipos: virtuosa, não-virtuosa ou neutra. Uma acção virtuosa é aquela que pretende beneficiar o outro; a não-virtuosa é a que pretende prejudicar o outro; e a neutra, adivinharam, é neutra. O ciclo é este:

Uma intenção gera uma acção que gera uma experiência que gera uma nova intenção, e por aí fora. Portanto uma intenção contaminada gera uma acção contaminada que, por sua vez, no futuro e provavelmente proveniente de onde menos esperamos, gerará uma experiência contaminada. Se não estivermos atentos a este ciclo, esta experiência irá criar uma nova intenção contaminada pelo que entramos num círculo vicioso. Uma vez que a resposta não é instantânea, não são as acções que temos hoje que produzem um resultado imediato. É aqui que nos confundimos e deitamos tudo a perder: se tentamos fazer o correcto e saimos prejudicados, a conclusão que tiramos logo é que "ser certinho é para otários"! Mas na realidade, estamos constantemente a experienciar resultados de acções anteriores. 

 

Uma intenção é como uma semente: se plantarmos uma semente de uma planta venenosa, certamente não podemos esperar que nasça uma planta medicinal. E vice-versa. Além disso, existe um lapso de tempo entre o plantarmos a nossa semente, entre definirmos a nossa intenção e executarmos uma acção concordante, e o vermos florescer e podermos colher os frutos dessa acção. Portanto, quando, apesar dos nossos esforços, experienciamos resultados negativos, estamos apenas a colher aquilo que plantámos no passado, ou seja, estamos condicionados às experiências anteriores (Karma = Condicionamento).

 

E agora perguntas-me: "Olha lá, mas tu pensas que eu sou algum bandido, um larápio? Não ando aí a roubar carteiras a velhotas nem a dar pontapés a cãezinhos. Que mal faço eu a alguém?"

 

As intenções não-virtuosas são a causa única do nosso Karma e têm origem exclusivamente no nosso pensamento. Emoções como a raiva, o ódio, o desejo de vingança, são como venenos deitados no rio da nossa consciência: podemos pensar que quem está mal são os outros mas na verdade estamos tão somente a envenenar-nos a nós próprios. Manchámos a água do nosso rio, água essa que corre continuamente e pode parecer levar e lavar tudo o que arrasta mas, na verdade, o veneno que lá deitámos terá que ir desaguar algum dia, em algum lugar. E ninguém além de nós pode jamais ser culpado de ter contaminado o rio da nossa consciência além de nós mesmos. Ninguém pode entrar na nossa mente além de nós, logo, somos os únicos responsáveis por tudo aquilo que nos acontece na vida. Isto é o Karma.

 

E como podemos afinal mudar o nosso Karma? Todos nós já sentimos raiva, já tivemos sede de vingança. Iremos pagar para sempre?

 

O primeiro passo é tomarmos consciência desta realidade e "apanharmo-nos" no acto sempre que temos um pensamento ou emoção negativa. Quando estamos prontinhos a criticar alguém, por exemplo, o melhor é engolir a língua, respirar fundo contando até 10 (ou 20) e pensarmos para nós mesmos no porquê de estarmos tão afectados com esta situação e se não haverá nesta pessoa um espelho de algo que existe também em nós, algo com que não sabemos ainda lidar. A meditação é o caminho para podermos tomar consciência do carácter dos nossos pensamentos, observando-os de longe como nuvens passageiras, não os criticando mas não nos deixando envolver por eles; apenas obervando-os como expectadores. Reconhecermos que existem em nós estas intenções é o primeiro e mais importante passo para podermos alterá-las.

 

O passo seguinte para mudarmos o nosso Karma é praticando acções virtuosas sempre que possível, aliás, o objectivo seria que antes de qualquer acção pudessemos parar para pensar se estamos a agir de forma a beneficiar todos os seres. Claro que isto nem sempre é exequível, deixemo-lo para os monges budistas! Mas ao praticarmos mais acções virtuosas, desprendidas de interesse pessoal, sinceras e puramente altruístas, sem desejo de reconhecimento, estaremos não só a deixar de acumular a quota de "mau" Karma como a diluir o veneno que existe no nosso rio. Ainda assim, acontece frequentemente que, apesar de agirmos com boas intenções, não somos bem recebidos ou compreendidos; mas não faz mal - mais tarde ou mais cedo iremos colher os frutos da semente que aí deixámos.

 

O Karma é o potencial puro que existe dentro de cada um de nós para agir em benefício dos outros. Imaginem se todos nós agissemos de acordo com a Lei do Karma? Iriamos compreender instantaneamente que de nada adiantava roubar, agredir, criticar, porque estaríamos a inflingir sofrimento em nós próprios. Mas para isso é preciso conquistarmos a nossas intenções e domarmos o rio da nossa consciência. Ao libertarmo-nos das intenções não-virtuosas que teimam em controlar-nos através do nosso Ego, encontraríamos o caminho para a libertação do Karma e do sofrimento. Sabendo que esse poder está dentro de nós, pouco importa se acreditamos no conceito de reencarnação ou no do Céu e Inferno; se todos agissemos de acordo com a Lei do Karma, o Céu seria aqui e agora. E para quê esperar?