Ser Saudável é Difícil... Panquecas 1-2-3
Daqui fala a mais acérrima ex-fã de coca-cola, pizzas e donuts que o mundo já conheceu. Enquanto crescia a minha ideia de vegetais era uma salada de alface e tomate e uns cogumelos, mas só na pizza. E depois havia os temidos bróculos e cenoura cozidos, deslavados e sem sal, que me faziam berrar a plenos pulmões a minha catchphrase clássica da infância "Quero morreeeeer!!!!"
A vida dá muitas voltas e hoje sou aquilo que se pode designar por vegan - não sou fã de rótulos mas é mais fácil de dizer do que faço-uma-alimentação-vegetariana-restrita-e-não-utilizo-quaiquer-produtos-de-origem-animal. Ufff. Se me dissessem isso há poucos anos diria que estavam loucos, dado o meu historial alimentar. Como prova de que optar por um estilo de vida onde não há lugar para a crueldade animal, que é ambientalmente sustentável e ainda que transforma a nossa saúde, tanto fisica como mentalmente (mais sobre isso nos próximos posts) não é nada difícil, caro ou desenxabido, deixo-vos a receita de panquecas veganas mais estupidamente simples que pode haver. Depois de testar receitas de muitos livros e ajustar aqui e ali, finalmente cheguei a uma que me satisfaz pela sua simplicidade e sabor. Chamei-lhes Panquecas 1-2-3 porque levam apenas 3 ingredientes base, são precisos apenas 3 utensílios e estão prontas em 3 passos!
Panquecas 1-2-3
Rende 4 panquecas
Ingredientes:
1- 1 cup (ou 1 chávena) de flocos de aveia (utilizo os sem glúten. porquê? descobre no próximo post)
2- 1 colher de sopa de sementes de linhaça
3- Bebida vegetal (usei de arroz) até cobrir a aveia
Utensílios:
1- Copo medidor
2- Varinha mágica ou processador de alimentos
3- Frigideira anti-aderente
Passos:
1- Juntar todos os ingredientes no copo medidor. Começar por medir a aveia, adicionar a linhaça e cobrir com o leite vegetal
2- Triturar. Neste caso prefiro utilizar a varinha mágica porque desfaz melhor as sementes de linhaça que devem, sempre que possível, ser trituradas apenas na altura em que vão ser utilizadas para manterem as características nutricionais. Além disso evita-se usar o processador de alimentos, um trabalho sujo que ninguém merece! Nesta fase pode-se adicionar, opcionalmente, outros ingredientes como por exemplo, pepitas de cacau (utilizei as "Exótico!" da Iswari porque são adoçadas com açúcar de côco) envolvendo-as gentilmente na massa.
3- Cozinhar. Gosto de derreter uma colherzinha de óleo de côco antes de despejar a massa e entre cada panqueca. Deitar 3 a 4 colheres de sopa de massa por panqueca. Estão prontas a virar quando as bordas começam a ficar tostadas, no centro surgem algumas bolhinhas e, ao agitar levemente a frigideira, a panqueca se solta com facilidade.
E estão prontas a devorar! Se forem gulosos, como eu, cubram as panquecas com xarope de ácer ou outro topping ao vosso gosto.
Nota: Enquanto estão a cozinhar as panquecas a restante massa vai ficando mais espessa devido à linhaça, que atua como substituto dos ovos e dá liga à massa, por isso, caso achem necessário, podem ir juntando um pouco mais de bebida vegetal.
E aqui está. É fácil, é barato e dá milhões. Se estão habituados à alimentação convencional, é normal que no início sintam a falta do açúcar refinado, que vicia as papilas gustativas e não só. Mas garanto que é apenas uma questão de tempo até que começem não só a apreciar mas a preferir uma alimentação mais natural, em que os sabores dos alimentos começam a sobressair e a surpreender-nos a cada garfada. Afinal, se eu consegui mudar, qualquer um consegue.